A descoberta de um bebé mamute praticamente intacto traz uma nova esperança aos cientistas que pretendem fazer reviver a espécie, que se extinguiu há 4 mil anos.
Um grupo de cientistas deu a conhecer ao mundo uma cria de mamute, que permaneceu congelada durante cerca de 10 mil anos até ser descoberta por um agricultor em Maio, perto do rio Yuribei (Rússia).

Trata-se de uma fêmea de 1,30 metros de altura e 50 kg de peso, que surpreende pelo fantástico estado de conservação, ao ponto de os olhos, tromba e alguns pêlos permanecerem intactos. Teria apenas seis meses quando morreu.

Em declarações à BBC, o director do Instituto Zoológico da Academia de Ciências da Rússia, Alexei Tikhonov, disse que de todos os exemplares até hoje encontrados este é o mais bem preservado, e, por isso, de extrema importância para a ciência.

O exemplar será agora enviado para o Japão, para estudos científicos. Especialistas acreditam na possibilidade de clonar o animal em 22 meses, caso consigam reunir material genético suficiente.
Em 2005 foi dado um passo importante: uma equipa de cientistas conseguiu sequenciar uma parte importante do código genético do animal, através de um novo método de análise do ADN. Entretanto, foi desenvolvida uma técnica ainda mais eficaz, capaz de identificar o genoma em tecido com cerca de 100 mil anos.

Num ponto todos os cientistas parecem estar de acordo: a clonagem de algumas espécies extintas, como o mamute, é só uma questão de tempo. Na lista encontram-se ainda o Tigre da Tasmânia (Tilacino) e a Moa, uma ave gigante nativa da Nova Zelândia, desaparecida há apenas 500 anos.